SONHO: CAMINHO NO CAMPO
se quase não existes para que
buscar um outro
que não consiste em corpo?...
que esperas do caminho? uma sombra
que encerra algo...
alimento inefável:
que ali também não há...
daquele que antes passa
não descobrirás
nem rastros..
Guenádi Aigui
(tradução de Haroldo de Campos e Boris Schnaiderman)
Quando a gente não saía com o carro, e ficava o dia no pasto, ele falava mais em-mais. Uma vez, ele disse: - Nós
temos de pastar o capim, e depois beber água... Invés de ficar pastando o capim num lugar só em volta, longe do
córrego, p'ra depois ir beber e voltar, é melhor a gente começar de longe, e ir pastando e caminhando, devagar
sempre em frente... Quando a gente tiver sede, já chegou bem na beira d'água, no lugar de beber; e assim a
gente não cansa e tem folga para comer mais! E ele foi logo fazendo assim, do jeito como tinha falado; mas nós
nem podíamos pensar em fazer que nem ele. Porque a gente come o capim de cada vez, onde o capinzal leva as
patas e a boca da gente...
Conversa de Bois Guimarães Rosa
...tais construções são também a imagem do nômade ou vagabundo, que não acredita no objeto seguro,
mas na contradição da própria vida.
Germano Celant
Zustos
Anibalesce... Arranha-céus! Zás! Sus!
Zulus... lústreos tendões de vidro
Talos-de-bambus...
Aleksiéi Krutchônikh
(tradução de Haroldo de Campos e Boris Schnaiderman)
Mas pensamos, desenvolvemos raciocínios complexos,
sentimos e nos emocionamos exatamente quando nos permitimos
deixar ficar na floresta, isto é, identificar cada detalhe, deixar-se
levar pela riqueza do imprevisto, distrair-se, vagabundear.
SONHO: CAMINHO NO CAMPO
se quase não existes para que
buscar um outro
que não consiste em corpo?...
que esperas do caminho? uma sombra
que encerra algo...
alimento inefável:
que ali também não há...
daquele que antes passa
não descobrirás
nem rastros..
Guenádi Aigui
(tradução de Haroldo de Campos e Boris Schnaiderman)
Quando a gente não saía com o carro, e ficava o dia no pasto, ele falava mais em-mais. Uma vez, ele disse: - Nós
temos de pastar o capim, e depois beber água... Invés de ficar pastando o capim num lugar só em volta, longe do
córrego, p'ra depois ir beber e voltar, é melhor a gente começar de longe, e ir pastando e caminhando, devagar
sempre em frente... Quando a gente tiver sede, já chegou bem na beira d'água, no lugar de beber; e assim a
gente não cansa e tem folga para comer mais! E ele foi logo fazendo assim, do jeito como tinha falado; mas nós
nem podíamos pensar em fazer que nem ele. Porque a gente come o capim de cada vez, onde o capinzal leva as
patas e a boca da gente...
Conversa de Bois Guimarães Rosa
...tais construções são também a imagem do nômade ou vagabundo, que não acredita no objeto seguro,
mas na contradição da própria vida.
Germano Celant
Zustos
Anibalesce... Arranha-céus! Zás! Sus!
Zulus... lústreos tendões de vidro
Talos-de-bambus...
Aleksiéi Krutchônikh
(tradução de Haroldo de Campos e Boris Schnaiderman)
Mas pensamos, desenvolvemos raciocínios complexos,
sentimos e nos emocionamos exatamente quando nos permitimos
deixar ficar na floresta, isto é, identificar cada detalhe, deixar-se
levar pela riqueza do imprevisto, distrair-se, vagabundear.
SONHO: CAMINHO NO CAMPO
se quase não existes para que
buscar um outro
que não consiste em corpo?...
que esperas do caminho? uma sombra
que encerra algo...
alimento inefável:
que ali também não há...
daquele que antes passa
não descobrirás
nem rastros..
Guenádi Aigui
(tradução de Haroldo de Campos e Boris Schnaiderman)
Quando a gente não saía com o carro, e ficava o dia no pasto, ele falava mais em-mais. Uma vez, ele disse: - Nós
temos de pastar o capim, e depois beber água... Invés de ficar pastando o capim num lugar só em volta, longe do
córrego, p'ra depois ir beber e voltar, é melhor a gente começar de longe, e ir pastando e caminhando, devagar
sempre em frente... Quando a gente tiver sede, já chegou bem na beira d'água, no lugar de beber; e assim a
gente não cansa e tem folga para comer mais! E ele foi logo fazendo assim, do jeito como tinha falado; mas nós
nem podíamos pensar em fazer que nem ele. Porque a gente come o capim de cada vez, onde o capinzal leva as
patas e a boca da gente...
Conversa de Bois Guimarães Rosa
...tais construções são também a imagem do nômade ou vagabundo, que não acredita no objeto seguro,
mas na contradição da própria vida.
Germano Celant
Zustos
Anibalesce... Arranha-céus! Zás! Sus!
Zulus... lústreos tendões de vidro
Talos-de-bambus...
Aleksiéi Krutchônikh
(tradução de Haroldo de Campos e Boris Schnaiderman)
Mas pensamos, desenvolvemos raciocínios complexos,
sentimos e nos emocionamos exatamente quando nos permitimos
deixar ficar na floresta, isto é, identificar cada detalhe, deixar-se
levar pela riqueza do imprevisto, distrair-se, vagabundear.
SONHO: CAMINHO NO CAMPO
se quase não existes para que
buscar um outro
que não consiste em corpo?...
que esperas do caminho? uma sombra
que encerra algo...
alimento inefável:
que ali também não há...
daquele que antes passa
não descobrirás
nem rastros..
Guenádi Aigui
(tradução de Haroldo de Campos e Boris Schnaiderman)
Quando a gente não saía com o carro, e ficava o dia no pasto, ele falava mais em-mais. Uma vez, ele disse: - Nós
temos de pastar o capim, e depois beber água... Invés de ficar pastando o capim num lugar só em volta, longe do
córrego, p'ra depois ir beber e voltar, é melhor a gente começar de longe, e ir pastando e caminhando, devagar
sempre em frente... Quando a gente tiver sede, já chegou bem na beira d'água, no lugar de beber; e assim a
gente não cansa e tem folga para comer mais! E ele foi logo fazendo assim, do jeito como tinha falado; mas nós
nem podíamos pensar em fazer que nem ele. Porque a gente come o capim de cada vez, onde o capinzal leva as
patas e a boca da gente...
Conversa de Bois Guimarães Rosa
...tais construções são também a imagem do nômade ou vagabundo, que não acredita no objeto seguro,
mas na contradição da própria vida.
Germano Celant
Zustos
Anibalesce... Arranha-céus! Zás! Sus!
Zulus... lústreos tendões de vidro
Talos-de-bambus...
Aleksiéi Krutchônikh
(tradução de Haroldo de Campos e Boris Schnaiderman)
Mas pensamos, desenvolvemos raciocínios complexos,
sentimos e nos emocionamos exatamente quando nos permitimos
deixar ficar na floresta, isto é, identificar cada detalhe, deixar-se
levar pela riqueza do imprevisto, distrair-se, vagabundear.
SONHO: CAMINHO NO CAMPO
se quase não existes para que
buscar um outro
que não consiste em corpo?...
que esperas do caminho? uma sombra
que encerra algo...
alimento inefável:
que ali também não há...
daquele que antes passa
não descobrirás
nem rastros..
Guenádi Aigui
(tradução de Haroldo de Campos e Boris Schnaiderman)
Quando a gente não saía com o carro, e ficava o dia no pasto, ele falava mais em-mais. Uma vez, ele disse: - Nós
temos de pastar o capim, e depois beber água... Invés de ficar pastando o capim num lugar só em volta, longe do
córrego, p'ra depois ir beber e voltar, é melhor a gente começar de longe, e ir pastando e caminhando, devagar
sempre em frente... Quando a gente tiver sede, já chegou bem na beira d'água, no lugar de beber; e assim a
gente não cansa e tem folga para comer mais! E ele foi logo fazendo assim, do jeito como tinha falado; mas nós
nem podíamos pensar em fazer que nem ele. Porque a gente come o capim de cada vez, onde o capinzal leva as
patas e a boca da gente...
Conversa de Bois Guimarães Rosa
...tais construções são também a imagem do nômade ou vagabundo, que não acredita no objeto seguro,
mas na contradição da própria vida.
Germano Celant
Zustos
Anibalesce... Arranha-céus! Zás! Sus!
Zulus... lústreos tendões de vidro
Talos-de-bambus...
Aleksiéi Krutchônikh
(tradução de Haroldo de Campos e Boris Schnaiderman)
Mas pensamos, desenvolvemos raciocínios complexos,
sentimos e nos emocionamos exatamente quando nos permitimos
deixar ficar na floresta, isto é, identificar cada detalhe, deixar-se
levar pela riqueza do imprevisto, distrair-se, vagabundear.
SONHO: CAMINHO NO CAMPO
se quase não existes para que
buscar um outro
que não consiste em corpo?...
que esperas do caminho? uma sombra
que encerra algo...
alimento inefável:
que ali também não há...
daquele que antes passa
não descobrirás
nem rastros..
Guenádi Aigui
(tradução de Haroldo de Campos e Boris Schnaiderman)
Quando a gente não saía com o carro, e ficava o dia no pasto, ele falava mais em-mais. Uma vez, ele disse: - Nós
temos de pastar o capim, e depois beber água... Invés de ficar pastando o capim num lugar só em volta, longe do
córrego, p'ra depois ir beber e voltar, é melhor a gente começar de longe, e ir pastando e caminhando, devagar
sempre em frente... Quando a gente tiver sede, já chegou bem na beira d'água, no lugar de beber; e assim a
gente não cansa e tem folga para comer mais! E ele foi logo fazendo assim, do jeito como tinha falado; mas nós
nem podíamos pensar em fazer que nem ele. Porque a gente come o capim de cada vez, onde o capinzal leva as
patas e a boca da gente...
Conversa de Bois Guimarães Rosa
...tais construções são também a imagem do nômade ou vagabundo, que não acredita no objeto seguro,
mas na contradição da própria vida.
Germano Celant
Zustos
Anibalesce... Arranha-céus! Zás! Sus!
Zulus... lústreos tendões de vidro
Talos-de-bambus...
Aleksiéi Krutchônikh
(tradução de Haroldo de Campos e Boris Schnaiderman)
Mas pensamos, desenvolvemos raciocínios complexos,
sentimos e nos emocionamos exatamente quando nos permitimos
deixar ficar na floresta, isto é, identificar cada detalhe, deixar-se
levar pela riqueza do imprevisto, distrair-se, vagabundear.