Nossa "realidade": irrealidade. Prefiro chamá-la de efficaci(r)realidade; eficaz realidade, eficácia irreal.

O corpo, carregado de conotações, está sempre presente na publicidade, mas, aí, ele não é corpo vivo e contraditório. Ele, aí, não é mais o lugar da "verdade subversiva do desejo."15 O corpo, veiculado pelos meios de comunicação de massa, pela publicidade, pela televisão é um corpo "erotizado", esvaziado do desejo. Que desejo?

A massa não mais existe, somos uma infinitude de indivíduos extremamente solitários diante de nossos televisores e computadores. O corpo na publicidade não é nem carne, nem sexo, mas objeto transformado em signo com uma função de troca. O ser real está despossuído de seu corpo "orgânico" e obcecado pela higiene e assépsia. Corpo-objeto, objeto de culto a ser tratado, corrigido, manipulado, e oferecido como mercadoria.