Retorno Contaminado: últimos trabalhos do Grupo de Pesquisa Corpos Informáticos


Cyntia Carla Cunha dos Santos



O Grupo de Pesquisa Corpos Informáticos (www.corpos.org) realiza trabalhos em diversos campos tais como performances, instalações e vídeos. Nos últimos anos, contudo, o foco principal da pesquisa tem sido a performance em telepresença, onde membros do grupo em diversos países, outros artistas como o grupo ADaPT (Association for Dance and Performance Telematics: (http://dance.asu.edu/adapt/), grupo canadense sob a direção Marie-Christiane Mathieu (http://www.ontogenetic.org), e visitantes aleatórios do ambiente de rede buscam relações e interações performáticas geralmente com o enfoque no corpo e seus questionamentos na atualidade. Estes trabalhos de ordem performática e momentânea são realizados em tempo real, via rede mundial de computadores.

Cada momento performático é único, sem repetição, criado das necessidades de corpos reais em uma busca por outras possibilidades de toque e de percepção, desse modo surge o foco no/do corpo. Poderíamos pensar e pesquisar em telepresença diferentes temas utilizando-a apenas como suporte, mas ao longo do processo de pesquisa o corpo toma seu espaço, o espaço da telepresença, pois é ele o outro, que está em espera, atrás da tela, ansioso por comunicação, parado, à procura, apenas os dedos nervosos ao teclado. Na telepresença este corpo é convidado ao movimento, a sair da sua posição confortável de espectador e a investigar-se junto a outros corpos.

Neste processo, a rede mundial de computadores é suporte e agente, pois tudo se dá entre ela e nela. No instante agora, novos corpos surgem na tela, não como uma recriação do real mas como mutação em outras formas, fragmentadas e distorcidas. Corpos mutantes que se surpreendem com suas formas e linhas, escondidas por anos de ausência.

Do instante em performance ficam vestígios e relatos, resíduos performáticos que servem de base para a continuidade dos questionamentos sobre o corpo e suas organizações em novos ambientes. É sob estes materiais que o grupo de pesquisa vem, nos últimos trabalhos, se debruçando por uma necessidade de retorno à matéria, de fiscalização e captura desses momentos e desse novo corpo que se inscreve.

Os registros, fotos, vídeos, chats e arquivos inteiros das telepresença capturados no computador são trabalhados e transformados em novas obras independentes, mas que carregam os elementos trazidos das interações em telepresença e suas distintas maneiras de pensar o corpo e suas comunicações. Este retorno contaminado é mais uma maneira de amplificar as potencialidades do trabalho do grupo além de suas interações com o público que passa a perceber a presença desse corpo modificado.

Neste ensaio proponho uma observação dos últimos trabalhos do Grupo de Pesquisa Corpos Informáticos em uma trajetória que começa pela telepresença, passando por trabalhos em vídeo-instalação, instalação e intervenção urbana, até o retorno antropofágico à telepresença acompanhando as modificações possíveis na forma como nossos corpos e outros reagem às intervenções produzidas pelas novas tecnologias, mesmo quando estas estão presentes apenas como contaminações.


Ctrlc-Ctrlc I

A vídeo-instalação realizada no projeto Athos Visuais, na Galeria Fayga Ostrower/Funarte, do dia 24 de fevereiro a 20 de março de 2005, não foi feita com base em registros de telepresença, mas contém algumas idéias retiradas destas em sua composição.

O processo escolhido para a captura de imagens foi o da fotografia, mais especificamente uma microfotografia. Como em uma das possibilidades na telepresença, queríamos esquadrinhar aquele corpo e transformá-lo em pequenos recortes de cores e linhas compondo uma superfície feita de massas distintas gerando frames de olhar.

Foram tiradas fotos, quadro a quadro, de um único corpo em diferentes posições e o mais próximo possível em uma tentativa de captar cada fresta e canto. Uma gota de suor, pequenas imperfeições, expostas e amplificadas.

O que era imperceptível toma aparências bizarras e desproporcionais. Todo o mundo em um corpo? Irreconhecível e familiar. O meu corpo? Estranha floresta de pelos habitada por gotas úmidas, inesperada sinuosidade nas rachaduras das extremidades, gerando outras imagens e ângulos, até então inexistentes para o meu corpo, parecem formas distintas, novas partes do corpo que paradoxalmente sempre estiveram ali e que agora revelam outros desenhos e formas, por vezes abrindo-se como outras partes daquele corpo. Um espectro de corpo que camufla a si próprio revelando o escondido, da amplificação dos pequenos detalhes do corpo surgem novos corpos e curvas que recriam o desejo do inteiro.

As massas e texturas que se revelam nas fotos receberiam mais intervenções, queríamos somá-las e sobrepô-las. De cada imagem única, aglomerado indefinido de poros e secreções, surgia a necessidade de reconstrução, não de um corpo inteiro mais de frações deste em uma codificação imaginária para aquele material bruto, que de tão orgânico chegava às proximidades dos seres primitivos – amebas e platelmintos em minha pele.

Surgiu, então uma linha contínua, um corpo matemático segmentado, composto dos resquícios de pulsação, que aleatoriamente transformam-se em ritmo ao olhar. Esta quebra, contudo não é capaz de subtrair das imagens sua organicidade, ao contrário, a pulsação de cada pequeno frame gera mais contato.

O resultado, na instalação, dessas interações entre o reto e o sinuoso é uma fina linha (5cm/32cm) contínua rasgando a parede branca e que, à distancia, tem a aparência seca de uma seguência de cores fracionada, mas que com a aproximação do espectador revela carne e pele extremas.

Flutuando em um balanço na mesma linha de visão das imagens uma televisão com o vídeo que complementa a instalação. O vídeo foi criado a partir dos trabalhos com as fotografias, nele aparece este corpo intervisto, não real. Sendo ele também um recorte, o vídeo joga com o olhar do espectador, tendo muitas vezes um ângulo subjetivo recriando o olhar do observador deslizando sobre a linha e continuando-a infinitamente.

Em outros momentos no vídeo o corpo bidimensional das fotos, através da intervenção da câmera, retoma sua tridimensionalidade. A imagem da imagem recria o real; mesmo impalpável a imagem pulsa na tela.

As imagens muitas vezes mais carnais que o próprio corpo abrem-se a cada novo olhar, que na busca pelo corpo, e perde-se na soma das múltiplas imagens.


Ctrl-c-Ctrlc II

A exposição coletiva “Situações Brasília/Mirações” realizada com Conjunto Cultural da Caixa em Brasília do dia 23 de fevereiro a 25 de março do mesmo ano, foi mais uma oportunidade de utilização de outros suportes, que não o computador, no trabalho do grupo, contudo, mais uma vez o trabalho parte dessa mídia como base inicial. A vídeo-instalação Ctrlc-Ctrlc II é uma continuação dos processos de captura de imagens através dos recursos do computador, surge então um elemento novo: o scanner.

O scanner é comumente usado para copiar imagens bidimensionais, queríamos a matéria viva digitalizada, o corpo apreendido por esta ferramenta e a pesquisar das diferentes possibilidades de alteração dessas imagens.

Ao copiar algo, o scanner também trabalha a noção de tempo, ele passa pelo objeto lentamente capturando um pouco deste a cada instante, uma pequena movimentação e o todo da imagem se perde, ela se torna quebrada, sem definição; ele não foi feito para captar o que se move, apenar figuras estáticas. Poderíamos ter investido neste primeiro momento nesta quebra de regras e na movimentação, mas estes processos ficaram para um outro trabalho. Na instalação nos detivemos em transformar o corpo-movimento em corpo estático para que pudéssemos captar seus detalhes e sutilezas trabalhando depois com essas movimentações em intervenções físicas diretamente nas imagens já existentes. Era a luz do scanner quem se movimentava sobre o corpo imóvel.

Este processo tornou-se mais necessário do que o resultado das imagens, surgindo a necessidade de um vídeo relacionado a essa iluminação e à idéia de tempo envolvida na movimentação crepuscular do scanner. Enquanto todas as partes do corpo eram scaneadas a câmera registrava a passagem daquela luz seqüenciada e continua que sem a presença explicita do scanner transformava-se em um feixe reto de luz atravessando o corpo indefinido. O claro e escuro de linhas arredondadas deixavam aparecer o que poderia ser um corpo(celeste?) iluminado em sua órbita. O ritmo do vídeo aumentava a noção de passagem do tempo.

O mesmo tempo aludido no vídeo se faz presente nas imagens “scaneadas”, a pele manchada de pintas pelo tempo o cabelo parado, tudo parece congelado pela passagem da luz. O material escolhido para a impressão das fotos, um papel vegetal translúcido, também permite a passagem da luz da instalação que sutilmente modifica a textura do papel aproximando-o de uma segunda pele formando a linha continua na parede.

Este jogo entre a pele viva e luz temporal evocado pelos elementos da vídeo-instalação foi alterado pela presença da performance modificando a própria instalação.

Algumas imagens da pele foram retiradas da parede por performesr do grupo e sofreram cortes e fissuras, os cortes eram limpos e feitos com a ajuda de equipamento cirúrgico, luvas e bisturis, depois as imagens foram re-costuradas com alfinetes e colocadas de volta na parede.

O ciclo se quebra, a linha continua é desestruturada por novos resquícios de pele esquartejada e esta nova geometria acidentada recria movimentação para a instalação. O corpo estático do scanner acorda com outras possibilidades de movimento geradas pelas presenças dos performes, em um processo de construção desconstrução daquele corpo, surge uma pele fragmentada pela ação do tempo. O corpo fenda no tempo, como o corpo que se encontra em telepresença, no instante entrecortado pelo suporte da telepresença, é recriado na instalação pela presença da performance.


Sintagmas

Sintagmas, realizada nas marquises do Complexo Cultural Funarte dentro do projeto Athos Visuais, foi a primeira etapa de um projeto de ampliação dos suportes utilizados pelo grupo, tínhamos necessidade de sair completamente dos suportes tecnológicos optando então por uma instalação sem a presença de computadores ou vídeos. Outra necessidade eminente do grupo, acostumado ao ambiente múltiplo da rede mundial de computadores era o de sair da galeria e ocupar o espaço público, mais próximo do que propúnhamos em telepresença.

A exposição na marquise, que estava exposta aos transeuntes e podia ser vista a distância de carro, surgiu como uma nova possibilidade de buscar este corpo da telepresença em um terreno desconhecido, mas tão próximo quando se fala de conceitos sobre corpo.

Mais uma vez optamos pela fotografia como base do trabalho, sendo que a idéia da fotografia foi também distorcida e retrabalhada. A foto perfeita com imagem bem definida das outras exposições foi substituída pela fotocópia e sua possibilidade de infinitas reproduções.

A perfeição dos corpos femininos ideais impressos nos outdoors em escala industrial é objeto de desejo, se confundindo com as marcas e objetos que anunciam. O corpo-marca vendável está exposto sem sutilezas. Como colocar no ambiente público o corpo (com desejo do real) sem cair facilmente no apelo do consumo? Voltamos ao corpo em telepresença e a forma que este joga, em performance, com as potencialidades do próprio suporte subvertendo sua função habitual.

Mimetizadas, as imagens do corpo fotocópiadas se transformavam em formas granuladas de claro/escuro e, sendo trabalhadas em baixa qualidade, ocultavam na geometria inicial os trechos de corpos, pedaços de um mesmo corpo, que se aproximavam do sensual pelos ângulos originais, mas que ao serem recortados abriam-se para novos olhares que tentavam completar o desenho sinuoso. O que vem depois da dobra, contudo é uma outra dobra resultante da cópia infinita/finda de um corpo reproduzido e produzido através da repetição de padrões. As imagens de Sintagma criam padrões geométricos que só se transmutam em pele aos olhares mais atentos.

A exposição continua dos trabalhos de intervenção urbana gerou outros fatores na instalação e, como todas as propagandas coladas grosseiramente em colunas de concreto, algumas imagens foram arrancadas no decorrer da exposição. A performance dos passantes tem o mesmo efeito da feita pelos performers do grupo em Ctrlc-CtrlcII: o corpo rasgado, agora, sem cuidados cirúrgicos, a repetição quebrada, sem reparos, dando lugar ao momento do desvio.


O retorno à telepresença: Cílios

Os trabalhos colocados agora partem diretamente da telepresença, mas tomam caminhos distintos, foram gerados a partir da performance em telepresença Cílios realizada anteriormente com a participação do grupo de pesquisa ADaPT (Association for Dance and Performance Telematics) e o grupo canadense sob a direção Marie-Christiane Mathieu.

A base para esta performance foi o olhar que, atento varre a tela de computador. Todo o corpo resumido aos dedos e aos cílios que se movem diante da tela em uma concentração nas extremidades. Surgiu, então a idéia do cílio como apêndice, descolado do olho, o cílio postiço cobiçado pelas por despertar vontades e desejos, sendo levados aos seus extremos: Colocados sobre a própria pele, local final e objetivo primeiro do desejo.

Estávamos interessados no toque sutil, o toque sem sentir. O cílio, porta de entrada do olhar, o olho do observador despertando o desejo de penetrá-lo e multiplicá-lo.

Amplificado, o grito dos cílios nos corpos era passado para o vídeo, enormes cílios tocam o corpo, então dúzias de cílios transformam-se em aranhas e o corpo coberto de aranhas feitas de papel toma ares de mutante: o novo corpo mutante colado de cílios experimenta suas articulações movendo-se diante da tela do computador, o corpo intero pisca com incontáveis olhares de pele focando toda a sala e buscando materializar o toque imaterial do olhar à tela. Desejo do olhar, olhar do desejo; a pele vê, através de seus jovens apêndices, o tocar silencioso da luz azul da tela.

A impossibilidade da descrição detalhada dos acontecimentos múltiplos da performance em telepresença recria e multiplica imagens geradas nos olhares dos interatores e foi partindo dessas visões subjetivas que diferentes processos foram gerados dessa performance.

Em um primeiro trabalho um vídeo foi criado diretamente das imagens da performance em telepresença. O vídeo Ctrlc-CtrlcIII foi apresentado na galeria do Itaú Cultural em São Paulo e buscava apreender as sensações evocadas pela performance através da edição de suas próprias imagens. As movimentações no vídeo intercalam imagens da tela em telepresença com imagens gravadas os performers no momento da performance, a cada mudança a telepresença apropria-se mais da imagem da câmera no final do vídeo apenas a imagem do computador resiste, modificada pela simbiose com o real.

O segundo trabalho é um vídeo sem a presença ativa de imagens da tela do computador, mas feito com imagens captadas no momento performático. No vídeo Cílios, apresentado na exposição Humano-pós-Humano, no Centro Cultural Banco do Brasil, de 12 de julho a 18 de setembro de 2005, o corpo se mostra mais cruamente, a imagem não esta distorcida ou possui a baixa qualidade habitual à telepresença, o corpo nu possui apenas seu novo elemento ciliares. A imagem é aberta e quase todo o corpo fica aparente, as movimentações sinuosas da câmera e do corpo são interrompidas no limiar do sensual, deixando o espectador em espera. No quase corpo, a sensualidade resiste na negação do fim e na incapacidade da apreensão da totalidade do toque.

A outra obra relacionada à mesma performance é uma continuação dela feita para uma instalação do grupo no projeto HTMlles em 20 de maio de 2005, em Toronto, Canadá. Nesta performance os corpo cobertos de cílios desapareciam diante da floresta de extremidades de olhos e ressurgiam nas pequenas tela da sala do programa iVisit. Um dos focos da performance foi a busca pos novas aberturas de câmera (web-can) para que corpos inteiros ocupassem a tela, geralmente habitada pelo detalhe e por pedaços indefinidos de corpos que não se revelam completamente; nesta performance os corpos em movimento reivindicam sua totalidade para presentarem-se com suas novas aderências de inseto ou lagarta recoberta de pêlos cílios multicoloridos e suas pigmentações de camaleão geradas pela inconstância das cores no projetor multimídia que multiplica fractalmente essas novas criaturas nelas mesmas. O estremo deslocado, transformado e multiplicado, este o sentido? Que sentido.


Scanner

O ultimo trabalho do grupo foi realiza na exposição coletiva Cinético_Digital do Itaú Cultural em São Paulo de 05 de julho a 11de setembro de 2005. Na abertura da exposição uma performance em telepresença foi realizada diante dos visitantes da exposição, sendo que estes eram convidados a participar da performance tanto na instalação, composta de uma projeção um computador e uma tv, todos passando a imagem da tela do computador, quanto em um outro computador ligado em rede e colocado em um outro andar do prédio.

Esta performance foi uma interação com a instalação Ctrlc-Ctrlc II, pois os mesmos elementos como o scanner, os alfinetes e as imagens serviram de principio para as novas interações da performance em telepresença.

O scanner, agora era movimento sobre o corpo que se movia também, gerando imagens distorcidas desse corpo prolongado pelo movimento da luz que o captura. O próprio sacner deixa de ser um objeto reto em cima de uma mesa e ganha o espaço de diferentes formas para acompanhar o corpo em performance.

A imagem da pele transparente foi copiada por uma maquiagem na pele real, que agora possuía uma camada translúcida de uma outra pele não sua (irreal), na telepresença essas duas materialidades distintas podem se confundir criando verdades momentâneas e desejos alimentados de camadas opacas de realidades, distorcidas pelas possibilidades camufladas pela busca incansável do outro.

A presença real dos performers diante dos visitantes abre este véu de possibilidades e pode-se acompanhar um dos muitos ângulos do acontecimento performático sem, contundo apreender-lhe como um todo, seguro na imaterialidade da tela onde não existe uma verdade a ser dita.

Durante o resto da exposição a gravação desta performance permaneceria projeta como um registro do acontecimento.


Final: sobre o corpo

Nestes trabalhos de diferentes suportes e materiais vimos possíveis interações entre a performance em telepresença e outras formas de criação e como estas podem ser alteradas por contaminação mútuas modificando também seus caminhos na construção da noção de corpo.

O corpo manipulado e manipulador do desejo em telepresença reencontra-se com a matéria, através da imagem na parede ou, do corpo real em performance. Resultante dessas interações corpos fragmentados e desconstruídos aparecem, ao mesmo tempo surgem corpos que se querem em movimento, em processo de mutação, metamorfoseado na lagarta colorida e no mutante de coluna piscante. Corpos contaminados de mutações expandem-se do espaço infinito/restrito da tela e em reconstruções fragmentadas encontra outras formas de expressão.

Aberto ao toque o corpo esquartejado se apropria de seus detalhes retomando-se para criar um corpo fractal infinito em cada poro. O veredicto é abandonado e dá lugar ao momento, um ponto de mutação do corpo em matéria impalpável e instante. A mascara sensual grita

Visto por outros olhares corpos mutantes se misturam voltando ao corpo/desejo

A busca por um novo corpo continua na esperança de que este não seja encontrado ou catalogado, abrindo espaço para mais questionamento sobre o corpo, suas arestas e o desfile bizarro de corpos multifacetados e imperfeitos. Ficam desses contatos com a telepresença as diferentes possibilidades de gerar uma obra que não se esgota naquele instante, mas que só precisa dele para existir.

São atualmente membros do Grupo de Pesquisa Corpo Informáticos os artistas, performers e pesquisadores em arte e tecnologia: Alexandre Cerqueira, Bia Medeiros (Maria Beatriz de Medeiros), Carla Rocha, Cyntia Carla, Francisco Rah, Maicyra Leão, Marta Mecarini, Pablo Braz e Renata Barreto.


Artista performática, diretora, atriz, pesquisadora em arte corporal, telepresença e novas tecnologias, bacharel em Artes Cênicas, aluna do Mestrado em Artes do Instituto de Artes – UnB, na linha de pesquiasa Poéticas Contemporâneas, é integrante do Grupo de Pesquisa Corpos Informáticos com coordenação de Bia Medeiros participando de espetáculos e performances.